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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Autonomia funcional de idosos


Assim as projeções do IBGE para o ano 2050 são de que a população com mais de 60 anos passará de 14,5 para 64 milhões, com expectativa de vida variando entre 62.97 a 73.59, superando o grupo etário constituído de crianças e adolescentes até 14 anos. É de suma importância que a população senescente tenha qualidade de vida além de uma expectativa de vida maior, como autonomia funcional,atividade intelectual, o estado de saúde e sua independência econômica e social.


O fator determinante na terceira idade é a autonomia, pois qualquer pessoa que chegue aos 80 anos, capaz de gerir sua própria vida optando por suas atividades de lazer, meio social e trabalho, certamente será considerada uma pessoa saudável. Independentemente de ser cardiopata, hipertensa, diabética ou possuir qualquer outra enfermidade.


Os benefícios do treinamento de força para idosos vão desde a melhora da saúde e qualidade de vida até a melhoria das habilidades funcionais ou atividades da vida diária, mesmo em senescentes com doenças crônicas. Além disso, este tipo de treinamento proporcionará um ganho considerável nas funções neuromusculares desta população. Concluindo, assim, que este tipo de treinamento é de extrema relevância quando se trata de retardar as alterações fisiológicas inerentes ao envelhecimento, evitando a incapacidade e a dependência social.


Todas estas alterações fisiológicas relacionadas ao avanço da idade sugerem que o treinamento de força muscular e o treinamento aeróbico estão diretamente ligados à independência funcional das pessoas idosas. Com a inclusão de exercícios contra resistência, como a musculação, no dia-a-dia da população idosa, alcançar-se-á benefícios extremamente relevantes. Porém, sempre de forma coerente, com embasamento científico e respeitando os princípios do treinamento desportivo, como o princípio da individualidade biológica e da especificidade, por exemplo.


Idosos que se submetem a treinamentos com sobrecargas têm melhora da função e estrutura muscular, articular e óssea. Assim, sua autonomia funcional será preservada mesmo com o passar do tempo. Com o treinamento de força há um aumento agudo na concentração de testosterona, hormônio de efeitos anabólicos, total em homens e mulheres jovens, porém em mulheres idosas estes resultados são, ainda, controversos.


Os indivíduos melhor condicionados aerobicamente possuem atividade autonômica mais eficiente do que os não treinados, havendo também indícios que indivíduos com melhor tônus vagal cardíaco apresentam uma resposta melhor ao treinamento aeróbico. De acordo com o posicionamento do American College of Sports Medicine, o homem idoso que realiza exercícios aeróbicos é favorecido pelo mecanismo de Frank-Starling, pois há um maior volume diastólico final que consequentemente acarretará num maior volume de ejeção. E a taxa de decréscimo do consumo máximo de oxigênio no idoso de 70 anos treinado parece ser igual a de um adulto jovem destreinado. Além destas alterações, este posicionamento também preconiza que o treinamento de endurance tem a capacidade de promover melhorias no perfil lipídico sanguíneo, além da redução dos estoques de gordura corporal.


Referência: LYRA RGS, RAMIRO L, JUNIOR PCN, FILHO SDS. Comparação da autonomia funcional de idosos praticantes e não praticantes de treinamento combinado. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 9 Número 1 - janeiro/março 2010.

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